Duas vezes me deparei com a necessidade de fazer dessa maneira. Uma foi numa pescaria na Lagoa dos Patos e outra foi num serviço que pegamos para fazer em um sítio em Viamão e precisávamos pegar o único ônibus da tarde para voltar à cidade.
Na pescaria deixamos um dos companheiros encarregado de juntar lenha, arrumar o acampamento iniciar o fogo e o churrasco na noite enquanto isso iríamos colocar as redes e os espinhéis. Com certeza iríamos demorar e voltar com fome e precisávamos dessa retaguarda. Fizemos e quando voltamos para o acampamento, já noite alta, com alguns peixes já pegos, qual nossa surpresa quando achamos o caseiro bêbado, dormindo e um foguinho mixuruca de taquara. Nos explicou que não achou lenha, então acumulou bastante taquara e começou a beber de estômago vazio. Após um momento para assentar as idéias, decidimos fazer na labareda mesmo pois não haveria brasas. Fincamos os espetos no chão e fomos rodeando-os com fogo das taquaras. Ao passo que necessitava, colocávamos mais e mais taquara. Não queimou e ficou, fome à parte, uma delicia, comido lasqueado com pão d'água. Ficou a lição: depois disso, quando íamos com reboque, até lenha levávamos para não ter surpresa!
No sítio quando eu e Pedrinho terminamos a tarefa, nos damos conta que faltava 40 minutos para o ônibus passar, pedi pra ele juntar vassoura vermelha seca e improvisar um fogo entre tijolos enquanto que eu cortava um pedaço de ferro de construção para servir de espeto. Após cortá-lo dobrei-o ao meio e "ariei" com areia.
espetei, salguei, e quando fui ao local que foi feito o fogo, notei que o Pedrinho tinha feito duas pilhas de quatro tijolos cada de altura. Tirei dois dos tijolos para que o espeto ficasse no meio da labareda. Não cansei de virar. Dez minutos após a fraldinha estava assada no ponto, macia e suculenta.
Pegamos o ônibus na hora certa!
Nenhum comentário:
Postar um comentário