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"Não acredite em nada que você ler neste blog, pesquise, experimente, repita os experimentos" Parafraseando um Conceito e incredulidade Conscienciológico








AS VEZES ME SINTO SÓ, APESAR DE RODEADO DE SERES MUITO IMPORTANTES PARA MIM. SERES QUE COM CERTEZA ESCOLHI POR ALGUMA RAZÃO PARA COMIGO CONVIVEREM. COMO ESCOLHI, NÃO LHES CABE CULPA E LHES SOBEJAM QUALIDADES QUE ÀS VEZES SUFOCAM. SOBRAM-ME AS RECORDAÇÕES PARA DRIBLAR ESSES PEQUENOS LAPSOS:



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sábado, 1 de outubro de 2011

CHURRASQUEANDO - CHURRASCO NA LABAREDA

Não é um churrasco fácil de fazer pois requer atenção redobrada e agilidade. Em compensação é muito rápido  conforme a espessura da carne. Não gosto de fazê-lo pois sou mais assar com calma como deve ser. Vem de longe a sua feitura. Alguns historiadores que se detiveram na figura do gaúcho e seus costumes, relataram que os primeiros gaúchos eram índios mesclados com espanhóis (iguais aos mesclareros na divisa com méxico) meio changueiros (peões que trabalhavam por pouco tempo para os fazendeiros)  meio bandidos quando não tinham serviço. Não poucas vezes matavam reses para aplacar a fome. Se fosse sem permissão, tinham que fazer tudo às pressas para não serem pegos. Então moqueavam a carne nas labaredas e não raro a comiam mal passada escorrendo sangue. Resulta em um churrasco em tudo igual aos assados normalmente, com mesmo gosto e textura.
Duas vezes me deparei com a necessidade de fazer dessa maneira. Uma foi numa pescaria na Lagoa dos Patos e outra foi num serviço que pegamos para fazer em um sítio em Viamão e precisávamos pegar o único ônibus da tarde para voltar à cidade.

Na pescaria deixamos um dos companheiros encarregado de juntar lenha, arrumar o acampamento  iniciar o fogo e o churrasco na noite enquanto isso iríamos colocar as redes e os espinhéis. Com certeza iríamos demorar e voltar com fome e precisávamos dessa retaguarda. Fizemos  e quando voltamos para o acampamento, já noite alta, com alguns peixes já pegos, qual nossa surpresa quando achamos o caseiro bêbado, dormindo e um foguinho mixuruca de taquara. Nos explicou  que não achou lenha, então acumulou bastante taquara e começou a beber de estômago vazio. Após um momento para assentar as idéias, decidimos fazer na labareda mesmo pois não haveria brasas. Fincamos os espetos no chão e fomos rodeando-os com fogo das taquaras. Ao passo que necessitava, colocávamos mais e mais taquara. Não queimou e ficou, fome à parte, uma delicia, comido lasqueado com pão d'água. Ficou a lição: depois disso, quando íamos com reboque, até lenha levávamos para não ter surpresa!

No sítio quando eu e Pedrinho terminamos a tarefa, nos damos conta que faltava 40 minutos para o ônibus passar, pedi pra ele juntar vassoura vermelha seca e improvisar um fogo entre tijolos enquanto que eu cortava um pedaço de ferro de construção para servir de espeto. Após cortá-lo dobrei-o ao meio e "ariei" com areia.
espetei, salguei, e quando fui ao local que foi feito o fogo, notei que o Pedrinho tinha feito duas pilhas de quatro tijolos cada de altura. Tirei dois dos tijolos para que o espeto ficasse no meio da labareda. Não cansei de virar. Dez minutos após a fraldinha estava assada no ponto, macia e suculenta. 
Pegamos o ônibus na hora certa!

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